segunda-feira, 28 de maio de 2012

monumento ao imigrante, 25 de maio




A última sexta-feira, dia 25 de maio,  foi linda. A coisa mais linda que eu já vi!


Nós somos a contradição. Somos tudo o que não deveríamos ser! Somos a cidade que deve ser repensada. Conseguimos criar inegavelmente argumentos e conceitos. E fizemos isso somente ocupando. Àquela cidade demos nossa resposta. Ocupamos o espaço mais árido da cidade: os gramados. Onde não se pode sentar e não se pode estar. Criamos nossos argumentos e conceitos “estando”, simplesmente.
Lindo é estar no meio do antagonismo que a cidade nos proporciona! De um lado o trânsito intenso de gente querendo entrar, estacionar e passear no Shopping Center e do outro, a grama. A nossa vista aquele estacionamento recheado de carros enquanto nós, ocupamos. Aquela gente, enquanto passeia pelas vitrines, vivendo o ápice do consumismo, nos vê com uma cara de desdém. O que vocês fazem? O que é isso? Uma festa? Um evento qualquer? (foi isso que pensaram os fiscais da prefeitura quando foram nos abordar).
NÃO! Estamos jogando futebol, comendo moqueca capixaba, conversando, sorrindo, projetando, pedalando, escrevendo, lendo e tantas outras coisas que tanto nos fazem imaginar ser um crime naquele espaço em específico! NÃO! Com nossos malabares, com nossa bola de futebol, com nossas bicicletas e com nossas cadeiras de praia, mostramos que além de querermos outra cidade, ela é possível.

No próximo dia 31 de maio haverá uma ocupação no trevo da Rodovia Norte Sul com a Avenida Dante Michelini, próximo ao hotel Por-do-Sol, no final do calçadão de Camburi, Vitória - ES. >>>



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ocupar_gramados

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Fernando Ferrari, 18 de maio.



Dia 18 de maio de 2012, um grupo de habitantes da cidade de Vitória, capital do Estado do Espírito Santo, propôs uma retomada de uso do espaço urbano.
Essa proposta foi desencadeada após um ato truculento de uma ação policial na cidade de Belo Horizonte, veja >>> 
http://independente.soubh.com.br/plus/modulos/noticias/ler.php?cdnoticia=134
onde cidadãos foram presos de um forma arbitrária após se recusarem a sair dos gramados de uma praça pública.

É importante frisar que as reflexões geradas após estes acontecimentos vão além dos gramados. O espaço público subtilizado e mantido pela administração pública, tem potencial de uso que vai além do paisagismo urbano. As vias que cortam a cidade segregam espaços, e a falta de uso dos espaços remanescentes tornam a cidade vazia e insegura, afastando os habitantes das ruas da cidade.

A retomada desses espaços propõe que os cidadãos ocupem a cidade, e assim, gere o interesse pelo urbano, questionando os espaços e seus processos urbanísticos.

Portanto, no dia 18 de maio de 2012 ocorreu a primeira ocupação nos espaços remanescentes gerados pelo projeto do viaduto próximo à UFES - Universidade Federal do Espírito Santo. A avenida Fernando Ferrari é um dos principais acessos à cidade de Vitória - ES, com um trânsito intenso, essa avenida afasta  do restante da cidade a UFES e os bairros da Grande Goiabeiras, e gera espaços remanescentes e vazios, com lindos gramados mantidos pela Prefeitura. Então, na última sexta-feira alguns habitantes propuseram fazer uma costura, ligando a UFES ao restante da cidade, ficando exatamente no meio desses dois territórios, em seus canteiros gramados. Os habitantes que participaram dessa ocupação, trouxeram os seus livros, os seus instrumentos, guardas-sol, tendas, cadeiras de praia, e viveram esses espaços. A experiência nesses territórios ociosos geraram discussões a cerca do uso da cidade, do enclausuramento dos habitantes dentro dos seus apartamentos e condomínios fechados. O gramado urbano mantido pelo dinheiro público foi explorado com cidadania e urbanidade, e assim, a cidade agradece.

No próximo dia 25 de maio haverá uma ocupação na praça da Itália onde se localiza o monumento ao imigrante italiano, localizada na Av. Américo Buaiz, Enseada do Suá, Vitória - ES,  mais um espaço ocioso da cidade.

domingo, 20 de maio de 2012

OCUPAR GRAMADOS


Questione o que está pré-estabelecido.
A cidade é passagem?
A cidade é aonde você mora?
A cidade é feita cápsulas?
Não somos capsulas! Nós somos a cidade!
Somos a releitura do espaço.

Toda sexta haverão ocupações aonde trataremos do espaço público. E só! Venha!